Ministério da Defesa realiza Workshop de Proteção de Mulheres em Operações de Paz

Itaipava (RJ) – O Workshop de Proteção de Mulheres em Operações de Paz, evento internacional coordenado pelo Ministério da Defesa e executado pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, ocorreu no período de 24 a 28 de novembro. O evento atendeu compromisso com a Associação Latino-Americana de Centros de Operações de Paz e contou com a participação de civis e militares do Brasil e de representantes da Argentina, do Uruguai e do Equador. As instituições civis representadas foram o Instituto Igarapé, o Instituto Pandiá Calógeras, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal Fluminense. A abertura do evento foi realizada pelo General de Divisão Álvaro Gonçalves Wanderley, Subchefe de Operações de Paz do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

O evento discutiu aspectos relevantes relativos aos instrumentos normativos, estruturas no terreno e procedimentos dos peacekeepers para a proteção das mulheres das populações das áreas em conflito em que se desenvolvem operações de manutenção de paz da ONU, sendo destacado o aspecto cultural, como principal desafio encarado por militares do sexo feminino em missão, até mesmo no relacionamento com colegas de equipe, problema este mitigado pelos padrões de procedimento da ONU. Também foi demonstrada a vantagem que a figura feminina traz no cumprimento de algumas tarefas de cunho social, especialmente em atendimento à mulher local, em que os homens teriam dificuldade.

Os dias foram dedicados às apresentações sobre as experiências dos participantes nas missões e aos trabalhos em grupo seguidos de discussões sobre lições aprendidas.

Segundo a Dra. Nadine Gasman, representante do Escritório da ONU Mulheres para o Brasil, é imprescindível o destaque da perspectiva de gênero no preparo para missões de paz para que sejam implementadas a Resolução 1325 e as demais determinações do Conselho de Segurança da ONU.

O General Álvaro comentou que a dificuldade para a implementação destas resoluções é devida à má compreensão da relação entre a paz duradoura e a inclusão de uma abordagem de gênero, observando que as mulheres continuam sendo subrepresentadas nos esforços para a paz - desde as diplomatas envolvidas em processos mediação de negociação da paz, até ás militares e policiais que atuam no terreno. O General sinalizou também a responsabilidade do Brasil neste processo, devido a sua participação expressiva nas missões de paz em diversos continentes, e que a nação vem gradativamente, cumprindo o seu papel.

 

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