A participação do Brasil em operações no exterior para encontrar soluções pacíficas para conflitos remonta ao Brasil Império. Desde 1947, o Brasil contribui para os esforços de manutenção da paz no cenário internacional, seja em missões individuais ou com o desdobramento de tropa, como ocorreu em Suez no período de 1957 a 1967, e mais recentemente no Haiti, no período de 2004 a 2017. Essa última missão produziu uma série de reflexos que culminaram no Processo de Transformação do Exército, contribuindo para o aperfeiçoamento das capacidades da Força Terrestre. O presente artigo procurou responder à seguinte questão: “Como a participação brasileira em operações de paz contribuiu para o aperfeiçoamento das capacidades da Força Terrestre?”
O artigo tem como objetivo principal identificar e compilar as informações referentes às ações executadas pelo Estado Brasileiro, em cumprimento aos compromissos assumidos quanto ao pilar do desempenho & responsabilização, da iniciativa Action for Peacekeeping (A4P).
VAZ, C. A. M. A iniciativa Action for Peacekeeping e seu pilar do desempenho & responsabilização em operações de paz das Nações Unidas: uma perspectiva brasileira. Coleção Meira Mattos: revista das ciências militares, v. 16, n. 55, p. 69-86, 23 dez. 2021.
Já não é fato inédito, tampouco recente, o reconhecimento que o Brasil possui no cenário internacional no que se refere às Operações de Paz das Nações Unidas. Os treze anos em que a força brasileira esteve presente no Haiti (2004-2017), tendo, inclusive, oficiais brasileiros à frente do comando do componente militar na desafiante função de Force Commander, definitivamente levaram o reconhecimento das nossas tropas a um patamar superior.
A nobre missão de proteger civis em áreas de conflitos armados vem experenciando desafios de caráter cada vez mais perigoso, seja para a já naturalmente vulnerável comunidade civil, seja para o próprio peacekeeper no terreno.
O presente artigo tem por objetivo suscitar o debate sobre se as proposições da Agenda Mulheres, Paz e Segurança, advinda da Resolução 1325 (2000) do Conselho de Segurança das Nações Unidas e outras posteriores sobre o tema, vêm sendo consideradas no que concerne à maior participação feminina em treinamentos, neste caso específico, usaremos o Exercício Viking como base de observação.
Desde os primórdios, a comunicação é ferramenta vital das interações humanas. Através dela, sociedades se ergueram, se desenvolveram e se fortaleceram. A História nos ensina que forças militares de países diferentes se aliaram para combater um inimigo comum nos mais diversos teatros de operação. Com o advento da tecnologia, as distâncias entre culturas foram encurtadas e a comunicação entre os indivíduos permanece ainda imperiosa para as relações humanas, sejam elas no âmbito pessoal ou profissional.
This strategic article seeks to analyze the relevance of Quick Impact Projects (QIPs) for the stabilization of Haiti, as well as the current and potential role performed by the Brazilian military contingent, when it comes to planning and implementing QIPs in PKOs.
This work analyzes the main topics addressed by the Security Council, General Assembly and United Nations Secretariat by reviewing the UN resolutions and articles. The changes due to the implementation of mandates of protection of civilians conducted the Peacekeeping Operations...